A erva-mate se tornou o primeiro patrimônio cultural imaterial do Rio Grande do Sul. A oficialização ocorreu em uma cerimônia realizada no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, com a assinatura do termo de registro.
Nele, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae) reconheceu o valor histórico-cultural do Sistema Cultural e Socioambiental da Erva-Mate Tradicional, abordando o seu cultivo e comercialização.
Essa solenidade contou com a presença do governador Eduardo Leite, da secretária da Cultura, Beatriz Araujo, do diretor do Departamento de Memória e Patrimônio da Secretaria da Cultura (Sedac), Eduardo Hahn, e do diretor do Iphae, Renato Savoldi. Também participaram representantes da etnia Mbya Guarani, de comunidades quilombolas e da agricultura familiar, grupos que fazem parte das referências culturais e produtivas relacionadas à erva-mate.
O Rio Grande do Sul é o maior produtor de folha verde de erva-mate no país e o maior exportador nacional do produto.
O processo para fazer da erva-mate um patrimônio imaterial começou em 2022, quando o Iphae apresentou um parecer técnico solicitando o pedido de registro. Esse texto foi apreciado pela Câmara Temática do Patrimônio Cultural Imaterial (CTPCI) e foi aprovado por unanimidade em abril deste ano.
O que é um bem cultural imaterial?
Quando um bem se torna patrimônio cultural significa que ele tem relevância artística, histórica e social para ser perpetuado. Com bens materiais, como conjuntos arquitetônicos, jardins e obras de arte, ocorre o tombamento.
No caso de bens com natureza imaterial, um registro é feito. Nesse último caso, um bem imaterial é algo mais abrangente: são vários elementos culturais que não necessariamente precisam de uma materialidade, mas fazem referência à identidade, à ação e à memória de grupos sociais e étnicos.
*Com informações do Governo do Estado.